Eles começam a interagir no cenário da fotografia brasileira mostrando um trabalho importante, chamado Pioneiras. A primeira exposição do grupo mostra fotos de cantoras da música brasileira e, a partir do dia 8 de março, terá circulação por meio da TV Minuto (metrô), TVO (ônibus) e CineBoteco (bares de SP), além do site oficial.
Essa exposição pontua o Dia Internacional da Mulher em 2009, mostrando cantoras e instrumentistas de diferentes gêneros musicais que foram pioneiras em assumir o palco como meio de expressão pessoal e artística.
Jeff Dias, Fernando Ângulo e Ricardo Ferreira estarão conosco no estúdio, respondendo aos comentários e perguntas, ao vivo.
Aguardamos a participação de vocês, que trazem qualidade ao nosso programa com boas particpações!
Ricardo Ferreira fotografou As Galvão, ícones da música sertaneja
Fernando Ângulo mostra a bossa-novista Claudette Soares
Jeff Dias fotografou Ademilde Fonseca, a rainha do choro cantado
Mais sobre a associação cultural gafieiras
O Gafieiras é uma associação cultural que se dedica a registrar, refletir e difundir as histórias da música brasileira em diferentes plataformas. A mais utilizada é a internet por meio do site www.gafieiras.com.br ou www.gafieiras.org.br, que reúne longas entrevistas (de Irmãs Galvão, Mônica Salmaso, Los Hermanos, Sivuca a Clemente, Xis e Jards Macalé), colunas e notícias.
Além do site, o Gafieiras produz projetos especiais dentro e fora da Web. Um deles foi realizado em novembro de 2002 - o projeto multidisciplinar “Adoniran foi embora...” -, que homenageou o artista paulista Adoniran Barbosa com diversas ações na cidade de São Paulo. O fio condutor foi uma Kombi munida com equipamento alto-falante que circulou pelas ruas divulgando as lembranças que as pessoas, anônimas ou não, guardavam do sambista. Foram produzidos dois shows, um curta-metragem sobre o Museu Adoniran Barbosa (O cofre) e duas exposições fotográficas, além de terem sido instaladas 14 placas em pontos da cidade que guardam alguma relação com a vida e obra de Adoniran.
Desde 2004, o Gafieiras promove na internet o Matinê – Especial infantil para adultos que traz, durante o mês em que o foco editorial e comercial é a criança, o lado da infância mais perene: o da memória dos adultos. Vinculado às lembranças, e sempre com um tema-guia, o Matinê valoriza os ambientes sonoros, imagens, cores, músicas, letras, texturas ou qualquer outro elemento que ajude a compor esse período da vida.
MAIS SOBRE O GAFIEIRAS
:: ERNESTO RODRIGUES é graduado em Jornalismo (UNESP). Começou sua carreira de repórter-fotográfico em 1987 no interior paulista. Chegou em 1999 na capital paulista para trabalhar no jornal Folha de S.Paulo. Atualmente está no jornal O Estado de S.Paulo. Paralelo ao fotojornalismo, desenvolve um projeto fotografando os romeiros de Padre Cícero em Juazeiro do Norte (CE).
:: FERNANDO CIRELLI ANGULO formou-se em Design Gráfico (UNESP) e estudou fotografia no SENAC (Ribeirão Preto/SP). Foi docente em Metodologia Visual na Universidade de Franca e, em São Paulo, trabalha em seu próprio estúdio de fotografia [ http://www.fernandoangulo.com.br ] e design gráfico [ http://www.angulodesign.com ]. Desde 2003 desenvolve um trabalho autoral preto-e-branco em médio formato, de livre pesquisa em fotografia de rua, envolvendo viagens à várias cidades brasileiras (MG, SP, BA e PA).
:: JEFFERSON DIAS, bacharel em Artes Visuais, trabalha com fotografia há seis anos e fotografa há quatro. Tem experiência em retrato, still e fotojornalismo, além de pós-produção, finalização de imagens e gerenciamento gráfico. Prestou serviços a Cia de Foto, Itaú Cultural, Revista da Indústria (FIESP), TAM Magazine, Época Negócios, Valor Econômico, entre outros. [ www.segundoplano.com.br ]
:: JOÃO CORREIA FILHO é graduado em Jornalismo e desde 1997 atua como fotojornalista de importantes revistas no Brasil e no exterior, como a National Geographic, Horizonte Geográfico, Gula, Revista do Brasil, Planeta, Língua Portuguesa, Grande Reportagem. Resultado de sua viagem a Cuba, a exposição Cubanos: povo de luta, que aborda o boxe na ilha de Fidel Castro, circula pela cidade de São Paulo. [ www.flickr.com/photos/joaocorreia ]
:: HENRIQUE PARRA, fotógrafo e sociólogo, é atualmente doutorando na UNICAMP (http://xama.incubadora.fapesp.br). Como fotógrafo, participou de iniciativas de midiativismo e realizou diversos trabalhos de documentação e produção artística. Junto a dois outros fotógrafos, conclui um projeto de documentação-poética sobre a situação dos recursos hídricos da RMSP (www.coiote.org/olhodagua).
:: OTAVIO VALLE é formado em Jornalismo (UNESP) e há 15 anos atua como repórter-fotográfico. Atuou nos jornais Diário de Bauru e Diário da Região de São José do Rio Preto. Também trabalhou como free-lance no interior do
estado para os veículos O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde, Folha de S. Paulo, Agencia Futura Press, Gazeta Mercantil, , Época, Extra e O Globo. Lecionou fotojornalismo na UNESP Bauru (1997/2000), na USC- Bauru (1999/2000), Unorp - Rio Preto (2003). Trabalha como jornalista free-lance em São Paulo desde 2007.
[ www.flickr.com/photos/otaviovalle ]
:: RENATO NASCIMENTO é fotógrafo e colaborador na reestruturação e digitalilazação do acervo visual (Foto e Video) da TV CULTURA. Como fotógrafo, iniciou sua carreira na TV Cultura nos meados de 2003, registrando toda a programação e musicais para divulgação e também para o acervo do Núcleo de Documentação da TV. Atualmente trabalha como fotógrafo de espetáculos com os grupos teatrais Letras em Cena e Dialogos Sonoros. Participou na produção fotográfica do livro Fernando Faro – Baixo. [ www.flickr.com/photos/renatonascimento ]
:: RICARDO FERREIRA foi professor de fotografia no SESC Pompéia (2001/02) e SENAC (2000/08). Atua como laboratorista preto-e-branco, pesquisador de processos fotográficos análogos e digitais e fotógrafo freelancer. Participou dos livros Embu (2003) e Cubatão (2005) e das exposições individuais Velocidade (1999) e Retratos (2000). Também fotografa produtos e jóias para mídias publicitárias. No primeiro trimestre de 2009 publica o livro Na estrada, com ensaio fotográfico sobre o caminhoneiro e sua vida nas estradas no Estado de São Paulo.
[ www.flickr.com/photos/ricardoferreira1977 ]
Mais sobre a exposição pioneiras
No século XX a posição ocupada pela mulher na sociedade mudou radicalmente - da submissão doméstica e do feminismo dos anos 1960/70 ao papel político e economicamente ativo a partir da década de 1990. Na música brasileira não foi diferente, passando de simples ouvinte, espectadora ou tiete ao primeiro plano do mundo artístico, da interpretação à composição.
Para pontuar o Dia Internacional da Mulher de 2009, o Grupo de Fotografia do Gafieiras focaliza cantoras e instrumentistas de diferentes gêneros musicais que foram pioneiras em assumir o palco como meio de expressão pessoal e artística. Mulheres que romperam as fronteiras firmadas pela sociedade da época, que as condenavam ao universo doméstico ou à determinadas atividades profissionais. Mulheres que materializaram o desejo de serem artistas num meio dominado pelos homens e pelo machismo. Mulheres que, de alguma forma, contribuíram para que as gerações surgidas a partir dos anos 1960/70 tivessem trânsito livre para se expressarem cada vez mais e sobre temas finalmente encarados a partir da perspectiva feminina.
Pioneiras é o primeiro trabalho do grupo composto de oito fotógrafos profissionais que se dedica a registrar e difundir imagens da música brasileira. Filiado editorialmente à Associação Cultural Gafieiras (www.gafieiras.org.br), o grupo surgiu no início de 2009.
Entre as artistas selecionadas destacam-se Alaíde Costa, Inezita Barroso, As Galvão, Ademilde Fonseca, Dona Inah, Áurea Martins, Carmélia Alves, Doris Monteiro, Eudóxia de Barros, Maricenne Costa, Claudette Soares e Cláudia Moreno.
Pioneiras será divulgado, inicialmente, por meio de exposições digitais em bares (parceria com o CineBoteco), metrôs (com a TV Minuto), ônibus (com a TVO), site oficial do grupo, de parceiros e blogs.
Além de homenagear as artistas listadas, Pioneiras é também um tributo às mulheres que fizeram com que a música no Brasil fosse mais diversa e legítima, como Chiquinha Gonzaga, Carmen Miranda (cujo centenário se comemora neste ano), Maysa, Dolores Duran, Celly Campello, Elizeth Cardoso, Aracy de Almeida, Dalva de Oliveira, Irmãs Batista e tantas outras.