quinta-feira, 27 de novembro de 2008

THOMAZ FARKAS NO CLICK

O CLICK está fechando o ano com chave de ouro! O fotógrafo, documentarista, produtor e diretor de cinema Thomaz Farkas estará conosco, ao vivo no próximo domingo (dia 30/11) a partir das 19h respondendo às perguntas e aos comentários de quem estiver conectado no site http://www.alltv.com.br.

A participação de vocês, fotógrafos, profissionais, amadores e artistas certamente vai fazer, mais uma vez, um excelente encontro semanal, além de prestigiar o fotógrafo que, atualmente com 84 anos, é uma grande referência na fotografia e cinematografia brasileira.

Em função dessa importância, a Cinemateca Brasileira, com o apoio da Pinacoteca, está com uma programação especial que homenageia Thomaz Farkas, "artista fundamental para o entendimento da fotografia e do filme documentário no Brasil".

A mostra "Thomas Farkas - Fotógrafo e Documentarista", em cartaz do dia 26 de novembro a 18 de dezembro, conta com uma retrospectiva de seus principais filmes, exposição fotográfica e Carta Branca a Thomaz Farkas.

Fiquem ligados e programem-se! Tanto para o CLICK quanto para assistirem aos filmes e visitarem a exposição da Cinemateca.

E façam o cadastro na allTv para entrarem no chat! É rápido e vocês já ficam preparados para nosso bate-papo virtual. Até!




THOMAZ FARKAS é fotógrafo, produtor e diretor de cinema, graduado em engenharia mecânica e elétrica na Escola Politécnica da USP. Nasceu em Budapeste, Hungria, em 1924. Em 1930, imigrou com a família para São Paulo, onde seu pai viria a estabelecer uma das primeiras lojas de equipamento fotográfico do país, a Fotoptica – cuja direção esteve a cargo de Thomaz Farkas desde o falecimento de seu pai, em 1960, até 1997. Ao longo da década de 1940, Thomaz Farkas associou-se ao Foto Cine Clube Bandeirante, realizou sua primeira mostra individual no Museu de Arte Moderna de São Paulo e teve sete de suas imagens integradas à coleção do Museum of Modern Art de Nova York. Posteriormente, fotografou a construção e a inauguração de Brasília e lecionou nos departamentos de Cinema e de Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes da USP e também no laboratório de fotografia do MASP, do qual foi um dos criadores. Entre 1964 e 1972, teve intensa atividade cinematográfica, atuando como produtor, diretor de cinema e fotografia em documentários sobre a cultura popular no interior do Brasil. Assumiu a direção da Cinemateca Brasileira de 1993 a 1995. Atualmente, Thomaz Farkas é Presidente Emérito do Conselho da Cinemateca Brasileira.

CINEMATECA BRASILEIRA
Largo Senador Raul Cardoso, 207
próxima ao Metrô Vila Mariana
Informações: 11 3512-6111 (ramal 215)


MOSTRA DE FILMES
26 de novembro a 03 de dezembro ·

CARTA BRANCA A THOMAZ FARKAS
03 a 07 de dezembro

Ingressos
R$ 8,00 (inteira) - R$ 4,00 (meia-entrada)
Estudantes do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas têm direito à entrada gratuita mediante a apresentação da carteirinha.

EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA
26 de novembro a 18 de dezembro
Terça a domingo, de 10h às 22h
ENTRADA FRANCA



A EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA
As imagens e os filmes de Thomaz Farkas

Fotógrafo de extremada delicadeza, Thomaz Farkas é autor de uma obra (atualmente associada ao Instituto Moreira Salles) que atravessa mais de sete décadas, ou a vida inteira, já que começou a fotografar aos oito anos.

Sempre mergulhou tão profundamente na alma do povo brasileiro que, a partir de 1964 – e diante do anúncio perverso do que seria um longo processo de ditadura –, passou a entender que para o Brasil o melhor seria conhecer a si mesmo e deu início à Caravana Farkas: "Eu achava que dando essa consciência, mostrando para população quem somos nós, seria tão revolucionário quanto uma revolução".

Nascido na Hungria, sua fotografia e seus filmes são o reflexo de um homem que, por amor, se naturalizou aos 25 anos, quando não havia mais (para ele e para o seu trabalho), nenhuma dúvida de que seria brasileiro, porque aqui estava. E aqui ficou. Seu trabalho – pontuado por um jogo de formas e de intenções onde o brasileiro dialoga com o seu próprio espírito de viver –, encontrou resposta imediata no dia-a-dia do homem mais simples e nas nuances da sua vida cotidiana, sua cultura, seus dramas, sua história, sua memória.

A exposição THOMAZ FARKAS – FOTÓGRAFO E DOCUMENTARISTA é uma homenagem que a Cinemateca Brasileira presta a um artista fundamental para o entendimento da fotografia e do filme documentário no Brasil. No início da década de 1970, Thomaz Farkas foi para o Rio Negro para percorrê-lo em dois barcos (onde também estava o biólogo e compositor Paulo Vanzolini), numa viagem que durou cerca de 40 dias. A intenção era filmar e fotografar para o que viria a ser um novo documentário da Caravana.

Com o material captado, aconteceu o inesperado: o gelo do isopor onde estavam os rolos com os filmes derreteu e arruinou os negativos. Restaram as fotografias, em Kodacrome. Vinte dessas imagens aqui estão. A série, em sua totalidade, foi apresentada na Pinacoteca do Estado, em 2005. As imagens em preto e branco que completam esse conjunto fazem parte do acervo do fotógrafo e foram produzidas em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília, entre as décadas de 1940 e 1950.

Aqui temos esse mesmo outro homem brasileiro refletido no espelho: sua vida, os seus dias, as suas noites, os seus gestos, a chuva, o sol, o olhar, os ruídos, o silêncio. Todos fazendo o que lhes cabe. Todos unidos, como diz Thomaz Farkas: "A coisa mais importante no Brasil não é o dinheiro, mas, sim, a amizade".

Diógenes Moura
Curador da exposição e pesquisador de fotografia


MOSTRA DE FILMES

Thomaz Farkas é considerado um dos inventores da fotografia moderna brasileira. Prestigiado internacionalmente, Farkas possui também uma importante experiência em cinema, tendo atuado como produtor, diretor e fotógrafo em uma série de documentários, premiados em festivais dentro e fora do país, que se tornaram referência para o cinema brasileiro.

O ponto culminante de sua trajetória cinematográfica encontra-se entre 1964 e 1972, período em que conduziu cineastas e técnicos como Eduardo Escorel, Maurice Capovilla, Paulo Gil Soares, Geraldo Sarno e Affonso Beato pelo interior do país com o objetivo de produzir documentários para "mostrar o Brasil aos brasileiros" – empreendimento que ficaria conhecido como a Caravana Farkas, tido como marco inicial do documentário moderno brasileiro.

Os filmes resultantes dessas expedições e os documentários sobre Hermeto Pascoal, Juarez Paraíso e Pixinguinha estão entre os destaques da mostra THOMAZ FARKAS – FOTÓGRAFO E DOCUMENTARISTA, parte desta oportuna homenagem da Cinemateca Brasileira a um nome fundamental da fotografia e do cinema brasileiros.



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